Os quilos a mais - este ano excedi-me e comi mesmo MUITO (ainda me sinto a abarrotar) -, mas sobretudo os momentos em família, no quentinho da lareira, que são tão raros e passam a voar. Passo meses à espera do Natal e a pensar no Natal para depois em menos de 48h acabar tudo tão rápido. Não é justo, tenho dito.
quarta-feira, 26 de dezembro de 2012
segunda-feira, 24 de dezembro de 2012
Merry Xmas everyone!
Um Feliz Natal! Que o passem rodeados daqueles que amam, no quentinho do lar e com uma mesa muiiito docinha à frente.
Gotta love Christmas :)
sexta-feira, 21 de dezembro de 2012
quarta-feira, 19 de dezembro de 2012
É no que dá ter expectativas "elevadas"
Pensavas que ias ter uma semana pré-Natal relativamente relaxada no trabalho não era? Queriiiias.
Pois que não, toca a fazer campanhas de um dia para o outro em velocidade cruzeiro. E fingers crossed para que corra bem... A ver vamos!
sábado, 15 de dezembro de 2012
Das saudades e da nostalgia
Adoro o Natal, isso já não é novidade
para ninguém. Também adoro recordar (e tentar, de certo modo,
"recriar") as tradições de Natal da minha infância. E se há coisa que
eu gostava de recriar e hoje em dia recordo com muiiitas saudades era o período
das férias de Natal. Eram aqueles 15 dias, nesta época mágica, em casa (na
minha e na dos avós), sem fazer rigorosamente nada e sem uma preocupação no
mundo. Tenho saudades das manhãs a ver desenhos animados, das tardes a ler
livros ou a fazer os trabalhos dos livros das Férias Constância (era tão
nerdzinha!). E tenho saudades da ânsia à espera da meia-noite para abrir os
presentes - e da batota de apalapar embrulhos e abanar para perceber o que lá
estava dentro! -, de desembrulhar os presentes e deixar todas as minhas prendas
encostadas à lareira para, na manhã do dia 25, ir analisar cada presente
minuciosamente. E por falar na manhã de 25... o quanto apreciava o
pequeno-almoço nesse dia, com os pais e o irmão ainda de pijama, todos em volta
da mesa dos doces de natal (acompanhados de um leite achocolatado quentinho).
Criançada deste país que entra hoje de
férias escolares: aproveitem bem estes dias mágicos e maravilhosos pois eles
não vão durar para sempre. E quando acabarem vão deixar saudades. Muitas
saudades.
quarta-feira, 12 de dezembro de 2012
On/Off
Quem me dera ter um botão de on/off incorporado e que me permitisse só preocupar quando eu quisesse. Infelizmente não tenho e há certas coisas que me irritam solenamente. Não suporto (alias, ODEIO) pessoas interesseiras, falsas, egocêntricas e que são incapazes de fazer um esforço em nome de algo maior. Pessoas, há mais mundo fora do vosso umbigo! Arrre, que isto era uma chapada a cada um e a coisa ia lá. Ou se calhar não ia, mas ao menos acalmava os meus nervos. Sabem que mais? Um valente "FUCK YOU" para vocês.
terça-feira, 11 de dezembro de 2012
Christmas details #4
Dos detalhes de Natal... ou da manta mais fofinha de todo o sempre! Tenho uma tara por mantas e, apesar de ter mais do que muitas, quando vi esta a fazer-me beicinho na Primark - ainda por cima com um preço tão simpático (6€!) - não resisti. Fofinha e natalícia que só ela!
segunda-feira, 10 de dezembro de 2012
Ainda da corrida...
Nos próximos cem anos não quero ouvir falar em corridas! No sábado estava sol, aquele sol de Outono mesmo maravilhoso, por isso, logo aí, não tive desculpa para ficar na cama. Fomos praticamente os últimos a partir - e eu sempre a achar que aquilo não iria ser nada do outro mundo, mesmo já não correndo há uns valentes meses - e um mísero quilómetro depois, já estava derreada e com vontade de fugir para a caminhada (que para além disso era de 3Km apenas).
Pois que custou - e muito! Tive tantas vezes vontade de parar e ficar sentadinha no chão à espera que alguém me fosse buscar ou, quiçá, levasse às cavalitas até à meta. As subidas então, essas c*bras, mataram-me. Antes de cada subida lá se ia a minha motivação por água abaixo. Mas, pronto, apesar de tudo cumpri o meu primeiro objectivo (fazer o percurso todo a correr, sem parar) mas o segundo ficou aquém - queria fazer menos de uma hora e fiquei pelos 1:04.00 - não foi péssimo, mas podia ter sido melhor.
Hoje, segunda-feira, e mais de 48 horas depois de ter terminado a corrida continuo a morrer de dores nas pernas, nas costas, nos tornozelos e tenho duas unhas dos pés pisadas (ninguém me manda correr uma hora com sapatilhas foleiras). Enquanto me lembrar destas dorzinhas... corridas? Jamais!
sexta-feira, 7 de dezembro de 2012
Onde é que eu estava com a cabeça?
Digam-me onde é que eu estava com a cabeça quando, há coisa de duas semanas, me escrevi para uma corrida de 10Km?! Escusado será dizer que se o arrependimento matasse provavelmente já me tinha dado um fanico.
Para além dá óbvia trabalheira que é correr 10Km, gastei dinheiro na inscrição (burra!) e como a corrida é de manhã vou acordar cedo e não vou poder dormir até tarde (ursa!). Se calha de chover acho que vou mesmo fazer de conta que não é nada comigo...
MAS, e porque me recuso a fazer má figura e também já que já está pago, vou correr e ligeirinha a ver se o sofrimento acabar« rápido. Objectivos: 1) ir sempre a correr; 2) terminar o percurso em menos de 60 minutos.
Vamos lá ver se não me dá uma coisinha má. Depois conto como correu (mesmo que tenha sido muito mau).
Já agora o que se veste para levar uma tareia física a correr 10Km?
quinta-feira, 6 de dezembro de 2012
Christmas details #3
Os anos passam, mas ainda assim há coisas que não mudam e o facto de eu ter um calendário do advento é, sem dúvida, uma delas. Acho que vou ter calendário do advento até ser velhinha. Dá-me uma alegria estupidamente infantil abrir diariamente aquelas janelinhas para comer o chocolatinho (que, diga-se de passagem, não é assim tão bom), do dia 1 até ao dia 24. O que é que se há-de fazer?
Procrastinar
Há dias em que a vontade de trabalhar é tão pouca (quem é que quero enganar? é nula mesmo!) que nem sei para onde me virar. É que nem energia tenho. Fico assim em modo zombie. Depois lá fico com a consciência (moderadamente) pesada e faço qualquer coisinha de útil.
Ai como eu detesto estar com este mood!
quarta-feira, 5 de dezembro de 2012
Christmas details #1
Se há pessoa que a-d-o-r-a o Natal essa pessoa c'est moi! Conheço gente que com o passar dos anos vai deixando de dar importância a esta quadra e até a acha um tanto ou quanto aborrecida (como senhores? como?), já eu cada ano me sinto mais invadida pelo espírito natalício.
Posso não dar tantos presentes quanto gostaria - e isso aborrece-me um bocadinho porque gosto muito de dar prendas aos outros, provavelmente até mais do que de receber - posso ter que ser contida, mas não deixo de adorar o Natal. A família reunida, a paz que se sente, o quentinho da lareira, a comida (ai o Pão-de-Ló!), os filmes típicos de Natal (em que canal mesmo é que vai passar a Música no Coração?) deixam-me feliz, serena e com o coração quentinho. Serão uns óptimos dias para alguma introspecção.
I love Xmas. I really do.
terça-feira, 4 de dezembro de 2012
Do fim do mundo
Dizem os entendidos (?) que o mundo acaba este mês, uns dias antes do Natal. Uma pessoa fica num impasse que nem sabe se há-de comprar prendas de Natal ou não, mas adiante.
Vi algures no Facebook uma ideia engraçada: uma lista de 30 coisas a fazer antes do dia 21 de Dezembro de 2012 e resolvi que seria espectacular (para mim, claro) fazer uma to do list, assim para ficar escrito para a posteridade. Claro que muitas delas serão impossíveis de concretizar até ao dia 21, mas vou escrevê-las na mesma, para a eventualidade de no dia 22 ainda estarmos todos cá, vivinhos da silva.
Ora então, aqui fica:
1. Casar (esta provavelmente não vai a tempo do 21/12/12)
2. Ter filhos (esta de certeza que não vai a tempo do 21/12/12)
3. Ir a Nova Iorque
4. Ir a Paris (outra vez) - e podia encher esta lista apenas com viagens portanto vou parar por aqui com o tema
5. Escrever um livro
6. Ter uma casa (onde viva com os filhos do ponto 2. e com o Sr. Marido do ponto 1.)
7. Fazer uma sessão fotográfica grávida
8. Planear o meu casamento
9. Ir à Madeira visitar os meus amigos (miss them sooo much!)
10. Escrever uma carta para o meu "eu" do futuro para me poder rir do quão ridícula era/é o meu "eu" do presente
11. Consolidar a carreira profissional
12. Sair mais à noite
13. Dar mais atenção aos amigos
14. Ir à Disney (outra vez) (no que depender dele só quando tivermos filhos portanto...)
15. Fazer uma "grande" viagem com amigos
16. Não deixar nada por dizer. NUNCA.
17. Ter uma casinha de férias (no campo ou à beira mar)
18. Ver mais filmes
19. Ver mais séries
20. Fazer da minha casa o lugar mais especial do mundo/Decorá-la de cima a baixo ao meu/nosso gosto
21. Experimentar comidas que nunca experimentei
22. Visitar mais vezes a família que mora longe
23. Reler a lista com os planos que fizemos quando começamos a namorar (já lá vão mais de cinco anos. CINCO?! O tempo passa demasiado rápido)
24. Não dar tanta importância nem me chatear tanto com o que não é importante = não fazer tempestades em copos de água (a minha especialidade)
25. Ser feliz. Ou pelo menos fazer para que assim seja, todos os dias.
25. Ser feliz. Ou pelo menos fazer para que assim seja, todos os dias.
quinta-feira, 29 de novembro de 2012
E esta, hein?
E esta vontade de escrever que se apoderou de mim, senhores? Ando cá com umas ganas de "deitar tudo cá para fora". Pode ser que funcione como calmante natural. Let's wait and see.
Noites mal dormidas dá nisto
Juro que acho que fui mordida pela mosca tsé-tsé tal não é o meu sono a TODA a santa hora. Menos à noite claro, que isto de dormir de noite é para meninos. Agora durante o dia, se não estiver a sufocar em trabalho, sufoco em sono. Acoooorda, mulher! Raios, tenho sono.
Há dias assim...
Há dias assim... difíceis. E nos tempos que correm seria mais correcto dizer que há MUITOS dias assim e, por vezes, não são só difíceis são MUITO difíceis.
Saber que por muito (e bem!) que se faça e que se trabalhe, se conseguirá mudar a realidade num local que nos diz tanto é coisa para me deixar muito triste. Por um lado existe a vontade de ajudar a ultrapassar os problemas e levar as coisas a bom porto. Mas, por outro lado, quando decido que também tenho direito a ser egoísta e a pensar um bocadinho em mim de vez em quando, a bolha rebenta e a vontade esfuma-se e é o "ó vontade e motivação, que é feito de vocês?". Porque custa muito darmos tudo de nós e não receber nada troca.
Não há muito que me anime nestes dias, a
não ser talvez acreditar no karma, acreditar que se for honesta e der o
melhor de mim eventualmente a vida se encarregará de me recompensar,
mais cedo ou mais tarde.
Infelizmente o altruísmo não me garante um futuro ou uma vida minimamente estável e às vezes estes wake up calls são mesmo necessários. Tenho que meter na cabeça que não posso continuar a querer ajudar todos à minha volta, sob pena de me deixar a mim em maus lençóis. A vida dos outros não tem (nem deve!) ser, para mim, mais importante do que a minha.
Todos precisamos de motivação para sair da cama de manhã, de sonhos, de projectos. Eu tenho os meus e é a eles que me agarro com todas as forças que tenho e tento (a muito custo, às vezes) continuar a acreditar que se trabalhar e lutar por eles, em breve os sonhos e os projectos deixam de o ser, para passarem a fazer parte do presente e da realidade.
Mas esse dia parece querer tardar em chegar, entretanto é arregaçar as mangas e ir à luta. Por mim e pelos meus sonhos. Esses ninguém mos tira.
quarta-feira, 28 de novembro de 2012
Dos vícios de Outono #2
Sou pessoa de me contentar com pouca coisa. Fim-de-semana, lareira, manta, filmes e séries intercalados com sestas são coisa para me fazer muito feliz. Já disse que me contento com pouco, não já? Infelizmente ainda me faltam quatro horas para chegar a casa e não é fim-de-semana (ainda!).
sexta-feira, 2 de novembro de 2012
Dos vícios de Outuno #1
Adoro o Outono! Acho que é a minha estação favorita. Adoro as quatro estações, mas acho que o Outono tem mesmo um cantinho especial no meu coração.
O meu novo vício de Outono é este. Tão, mas tão bom! Ontem meti três ao bucho (mas pequenitas, vá). Delicioso. Maçã assada, uma manta, uma lareira acesa e um sofá e eu sou pessoa para ficar feliz da vida por muitas e boas horas.
quinta-feira, 1 de novembro de 2012
November, please be good
Novembro costuma ser um mês intenso de trabalho e correrias. Mas também se esperam muitos fins-de-semana de manta aos pés e leite com chocolate em punho, a 'sofazar'. Continuo a precisar de dias com 30h. Ah, e de descanso. So November, please be good.
A gerência agradece ;)
quarta-feira, 10 de outubro de 2012
Da magia dos livros
Porque há livros e livros. Existem uns que nos prendem do início ao fim e que nos tiram o fôlego (e o sono!) e outros cujo o nome das personagens já nem nos lembramos meia dúzia de dias depois de os terminarmos.
A trilogia Millennium, do sueco Stieg Larsson, encaixa-se sem margem para dúvidas no primeiro grupo. Há anos (literalmente!) que já não lia com tanta vontade, muito por culpa da falta de tempo - é certo - mas também porque há já muito tempo que um livro (neste caso três!) não me prendia desta maneira. Em menos de duas semanas li os três livros e fiquei a suspirar por mais.
Não consigo deixar de me sentir um bocadinho egoísta por ter tanta pena que o homem tenha falecido o que significa que em vez dos dez livros que tinha pensado escrever, só nos deixou três. Acho que o facto de serem tão, tão bons ainda me deixa com mais pena de não haver mais sete para ler.
Stieg Larsson é um verdadeiro mestre e se um dia conseguir criar uma personagem que exerça em alguém metade do fascínio que Lisbeth Salander de Larsson exerceu em mim considero-me uma pessoa extremamente feliz. Acho difícil alguém não sentir admiração, empatia ou simplesmente fascínio por esta personagem tão complexa que o autor criou. É simplesmente avassaladora, um autêntico fenómeno literário.
Quando estava a começar o segundo livro resolvi ver o filme do David Fincher - Os Homens que Odeiam as Mulheres - com o Daniel Craig e a Rooney Mara e acho que os actores encaixam que nem uma luva nas personagens. A Rooney Mara então é soberba e, aliás, depois de ver o filme e enquanto lia os livros já era impossível pensar em Lisbeth Salander sem a imaginar na versão "Rooney Mara".
À falta de mais livros da saga resta-em agora ler "Os Segredos da Rapariga Tatuada", um livro que aprofunda a sociedade sueca caracterizada por Stieg Larsson, bem como outros detalhes sobre a obra e sobre a vida do autor. Não vai ser a mesma coisa, mas há-de servir para calar o "bichinho" Millennium durante mais algum tempo. Depois disso venham os restantes filmes de Fincher e os filmes da trilogia em sueco.
A trilogia Millennium, do sueco Stieg Larsson, encaixa-se sem margem para dúvidas no primeiro grupo. Há anos (literalmente!) que já não lia com tanta vontade, muito por culpa da falta de tempo - é certo - mas também porque há já muito tempo que um livro (neste caso três!) não me prendia desta maneira. Em menos de duas semanas li os três livros e fiquei a suspirar por mais.
Não consigo deixar de me sentir um bocadinho egoísta por ter tanta pena que o homem tenha falecido o que significa que em vez dos dez livros que tinha pensado escrever, só nos deixou três. Acho que o facto de serem tão, tão bons ainda me deixa com mais pena de não haver mais sete para ler.
Stieg Larsson é um verdadeiro mestre e se um dia conseguir criar uma personagem que exerça em alguém metade do fascínio que Lisbeth Salander de Larsson exerceu em mim considero-me uma pessoa extremamente feliz. Acho difícil alguém não sentir admiração, empatia ou simplesmente fascínio por esta personagem tão complexa que o autor criou. É simplesmente avassaladora, um autêntico fenómeno literário.
Quando estava a começar o segundo livro resolvi ver o filme do David Fincher - Os Homens que Odeiam as Mulheres - com o Daniel Craig e a Rooney Mara e acho que os actores encaixam que nem uma luva nas personagens. A Rooney Mara então é soberba e, aliás, depois de ver o filme e enquanto lia os livros já era impossível pensar em Lisbeth Salander sem a imaginar na versão "Rooney Mara".
À falta de mais livros da saga resta-em agora ler "Os Segredos da Rapariga Tatuada", um livro que aprofunda a sociedade sueca caracterizada por Stieg Larsson, bem como outros detalhes sobre a obra e sobre a vida do autor. Não vai ser a mesma coisa, mas há-de servir para calar o "bichinho" Millennium durante mais algum tempo. Depois disso venham os restantes filmes de Fincher e os filmes da trilogia em sueco.
quarta-feira, 1 de agosto de 2012
sexta-feira, 13 de julho de 2012
O dia em que o meu coração ficou mais pequenino
Hoje o meu coração ficou pequenino, do tamanho de uma ervilha. Hoje o meu coração ficou esmagado, como se tive sido abalroado por um camião.
Hoje tive mais um wake up call, um abanão, um reminder: a vida adulta chegou e veio para ficar. E juntamente com ela vieram mais responsabilidades e tristes, mas inevitáveis despedidas. Ver o grupo (restrito) de amigos que se tornou tão próximo de um dia para o outro, sem saber muito bem como ou quando, desfragmentar-se aos poucos, por força da vida, parte-me o coração. Saber que eles compraram um bilhete de avião para 1200 km daqui - de casa - e saber que esse bilhete, desta vez, é só de ida, deixa-me com um nó na garganta.
Esse nó tem-me acompanhado a semana toda, por muito que tentasse ignorá-lo ou atribuí-lo a outras causas, a verdade é que as saudades que os amigos, os do peito, aqueles que são mais do que irmãos vão deixar, sufoca-me. O saber que dificilmente voltarei a estar com eles, a não ser em ocasiões especiais, deixa-me simplesmente vazia.
Na última semana parece que arrancaram um pedaço de mim, que ainda não consegui encontrar e devolver a mim própria. Mas a vida é isto, a vida pela qual durante anos ansiei (bolas, quando tiver filhos tenho mesmo de lhes dizer que não devem ter pressa em crescer!) mas, agora que a tenho, dava tudo para poder fazer freeze em alguns momentos e ser tipo Peter Pan, não crescer nunca.
Resta-me o consolo de saber que se algum dia precisar seja do que for (e vice-versa), os meus amigos, eles, as minhas pessoas, se metem num avião no mesmo instante e atravessam o oceano por mim. E eu por eles. Num abrir e fechar de olhos, sem ter de pensar duas vezes.
Por muito longe que estejam, eles sabem que parte de mim e do meu coração lhes pertence e que as memórias maravilhosas ficarão cravadas em mim para sempre.
Obrigada pelo privilégio de termos crescido juntos P., R., S., M., N. São meus para sempre.
Vai pr'aqui um festival de emoções que eu nem sei, credo! :(
domingo, 1 de julho de 2012
segunda-feira, 25 de junho de 2012
E ao milésimo dia... o descanso
E depois de meses de correrias constantes de segunda a sexta-feira e de fins-de-semana que conseguiam ser ainda mais agitados do que as semanas eis que chegou o mais do que merecido dolce fare niente.
Pena ter sido só domingo (sábado ainda houve muito trabalhinho para fazer), mas soube-me tão tão bem! Pude dedicar-me à casa, à cozinha, às séries, ao sofá (sobretudo ao sofá! e que saudades tínhamos um do outro!) e foi bom, até porque estava à beira de um esgotamento. Foi bom ir para cama sem pensar que no dia seguinte teria que fazer quinhentas mil coisas para além de trabalhar. Foi bom não pensar.
E hoje vou retomar as minhas corridas de final do dia, mal saia do trabalho. Vai-me saber pela vida, de certeza.
sexta-feira, 1 de junho de 2012
terça-feira, 22 de maio de 2012
Do passar do tempo
As horas passam, os dias passam, os meses passam e a minha vida continua a seguir a uma velocidade estonteante. Há a velocidade cruzeiro e depois há a velocidade a que correm os meus dias. Lado positivo? Quando der por ela já estou deitada numa praia ou enfiada num avião, de férias.
Inspira. Expira. (repetir vezes suficientes até ganhar coragem para continuar)
terça-feira, 1 de maio de 2012
domingo, 1 de abril de 2012
sábado, 3 de março de 2012
domingo, 26 de fevereiro de 2012
A saga da mala desaparecida - parte III
Já em Portugal deixei passar uma semana, mas com a chegada do mês de Setembro comecei a bombardear a Spanair com emails. A meio de Setembro (um mês depois de terem perdido a mala!), os senhores dignaram-se a responder pedindo-me que fizesse uma espécie de inventário com tudo o que tinha na mala e o respectivo valor das coisas. E assim fiz. O valor estimado das coisas que tinha na mala ultrapassava os 800 euros (e a minha roupa era maioritariamente da H&M e Primark). Encaminhei o email para eles e esperei para ver o que é que eles me iam dizer.
Esperei quase dois meses até ser contactada novamente pela companhia. Enviaram-me um documento em que explicavam que, depois de analisarem o meu processo, tinham decidido atribuir-me um reembolso de 350 euros. Para obter esse reembolso, que chegaria num prazo de 45 dias, teria de assinar o documento que eles me enviavam junto com o email e reenviá-lo para eles. Apesar do valor ser bem inferior ao valor do conteúdo da mala - e já que não tinha seguro de viagem e seria praticamente impossível, mesmo por meios legais, conseguir que eles me atribuíssem um reembolso mais elevado - e já ciente de que nunca mais a minha mala iria aparecer - assinei o documento e enviei-o para eles. Isto no início do mês de Novembro. O mês chegou ao fim sem eu ver um cêntimo do reembolso. Tudo bem, estava a contar ter o dinheiro a tempo de comprar uma máquina fotográfica nova por altura do Natal. Certo é que também Dezembro passou sem que visse um cêntimo.
Pensei que talvez fossem 45 dias úteis e que seria esse motivo do cheque ainda não ter chegado. Entretanto, em Janeiro fiz um jantar com amigos e, a meio do jantar, um deles me pergunta se já sabia que a Spanair tinha declarado falência e se eu sempre tinha recebido o cheque. Pronto, as minhas esperanças caíram definitivamente por terra. Nem mala. Nem dinheiro. Ainda mandei uns quantos emails à Spanair a perguntar como ficava a situação agora que a companhia tinha falido, mas nunca obtive resposta. The show must go on.
Até que chegamos ao dia de ontem. Ontem acordei tarde, já era quase hora de almoço. E fui abrir o correio que não tinha visto na sexta-feira e eis que uma carta me chamou a atenção porque era da companhia de seguros da Spanair. Abri o envelope a pensar que era uma carta a responder aos meus emails, a explicar que se a companhia estava falida também não iam ter dinheiro para me reembolsar e nisto, quando vou a desdobrar a carta, cai de lá do meio um cheque de 350 euros. Sim, o meu querido cheque! Tardou, mas chegou. Escusado será dizer que eu rejubilei só de pensar que vou, finalmente, poder comprar uma máquina fotográfica nova.
E é esta a história da mala desaparecida. Ah, entretanto, no Natal, senhor namorado ofereceu-me uma mala com as medidas mais do que correctas e com um daqueles cartões para identificação incorporados na mala. Can't wait to use it!
Enquanto escrevia esta história lembrei-me que também tenho uma muito boa (má, por acaso, mesmo má!) de quando fomos a Paris. Fica para outra altura.
Conselho de amiga: quando as companhias aéreas exigirem malas de cabine levem malas mesmo, mas mesmo minúsculas de modo a que eles não tenham por onde implicar e identifiquem-nas sempre. Vão por mim, não vá o Diabo tecê-las.
Esperei quase dois meses até ser contactada novamente pela companhia. Enviaram-me um documento em que explicavam que, depois de analisarem o meu processo, tinham decidido atribuir-me um reembolso de 350 euros. Para obter esse reembolso, que chegaria num prazo de 45 dias, teria de assinar o documento que eles me enviavam junto com o email e reenviá-lo para eles. Apesar do valor ser bem inferior ao valor do conteúdo da mala - e já que não tinha seguro de viagem e seria praticamente impossível, mesmo por meios legais, conseguir que eles me atribuíssem um reembolso mais elevado - e já ciente de que nunca mais a minha mala iria aparecer - assinei o documento e enviei-o para eles. Isto no início do mês de Novembro. O mês chegou ao fim sem eu ver um cêntimo do reembolso. Tudo bem, estava a contar ter o dinheiro a tempo de comprar uma máquina fotográfica nova por altura do Natal. Certo é que também Dezembro passou sem que visse um cêntimo.
Pensei que talvez fossem 45 dias úteis e que seria esse motivo do cheque ainda não ter chegado. Entretanto, em Janeiro fiz um jantar com amigos e, a meio do jantar, um deles me pergunta se já sabia que a Spanair tinha declarado falência e se eu sempre tinha recebido o cheque. Pronto, as minhas esperanças caíram definitivamente por terra. Nem mala. Nem dinheiro. Ainda mandei uns quantos emails à Spanair a perguntar como ficava a situação agora que a companhia tinha falido, mas nunca obtive resposta. The show must go on.
Até que chegamos ao dia de ontem. Ontem acordei tarde, já era quase hora de almoço. E fui abrir o correio que não tinha visto na sexta-feira e eis que uma carta me chamou a atenção porque era da companhia de seguros da Spanair. Abri o envelope a pensar que era uma carta a responder aos meus emails, a explicar que se a companhia estava falida também não iam ter dinheiro para me reembolsar e nisto, quando vou a desdobrar a carta, cai de lá do meio um cheque de 350 euros. Sim, o meu querido cheque! Tardou, mas chegou. Escusado será dizer que eu rejubilei só de pensar que vou, finalmente, poder comprar uma máquina fotográfica nova.
E é esta a história da mala desaparecida. Ah, entretanto, no Natal, senhor namorado ofereceu-me uma mala com as medidas mais do que correctas e com um daqueles cartões para identificação incorporados na mala. Can't wait to use it!
Enquanto escrevia esta história lembrei-me que também tenho uma muito boa (má, por acaso, mesmo má!) de quando fomos a Paris. Fica para outra altura.
Conselho de amiga: quando as companhias aéreas exigirem malas de cabine levem malas mesmo, mas mesmo minúsculas de modo a que eles não tenham por onde implicar e identifiquem-nas sempre. Vão por mim, não vá o Diabo tecê-las.
A saga da mala desaparecida - parte II
Continuando com a história... Pois que lá fui eu, sozinha e nervosa, para o tapete rolante, à espera da minha mala. Deviam ser cerca de 5h da tarde. E esperei. Eu e mais 30 pessoas. Passados uns longos 20 minutos as primeiras malas começam a aparecer e cada vez que via uma mala azul escura, da cor da minha, dava-me uma síncope nervosa que era transformada em raiva mal eu percebia que não, que aquela (também!) não era a minha mala.
As pessoas foram levantando as suas malas até só ficarmos uns quinze gatos pingados, tristes e desesperados, há uma hora à espera das suas malas. Entretanto um senhor venezuelano desse grupo de gatos pingados encontrou o balcão da Spanair e lá disseram-lhe que, por engano, algumas malas do nosso voo foram colocadas noutro tapete. E lá fomos nós feitos loucos a correr para a outra ponta do aeroporto. Alguns tiveram encontraram lá as malas, acho que o sr. venezuelano foi um deles, já eu não tive essa sorte. Eu e a maioria, para dizer a verdade. Nesta altura devíamos ser umas dez pessoas, de diferentes idades e nacionalidades, enraivecidas a ir ao balcão da Spanair apresentar uma reclamação por perda de bagagem. Eram provavelmente 18h30 por esta altura. Fui uma das últimas a apresentar a reclamação. Descrevi a minha mala que, relembro, não tinha qualquer identificação ou característica distintiva, deixei os meus dados, os meus contactos em Portugal, os contactos do hotel em Madrid e perguntei se tinha direito a algum dinheiro já que não estava no meu país e precisava de roupa. O senhor - por sinal nada simpático - que me atendeu disse que as malas em princípio estariam de volta a Barajas no dia seguinte de manhã e que eles a encaminhariam para o hotel. Indicou-me também um contacto para onde eu podia ligar se quisesse (e quis, oh se quis!).
Saí do aeroporto provavelmente já depois das 20h. Deprimida e cheia de fome. E com zero vontade de continuar as férias. [Ah, convém dizer que dentro da mala estavam algumas das minhas peças de roupa preferidas e o meu bem mais precioso - a minha máquina fotográfica (que só estava lá porque, como já disse, não contava separar-me da minha querida mala).] Ainda tivemos pela frente uma viagem de uma hora até ao centro de Madrid e depois entre esperar pelo Metro e andar à procura do hotel só chegamos ao quarto às 22h para pousar as coisas - ele, claro porque eu infelizmente não tinha nada para pousar - e depois ainda saímos para comer qualquer coisa porque desde o almoço que não comíamos nada.
O meu humor nesta altura era mais do que mau e variava entre a raiva e a tristeza profunda. Cada vez que me lembrava que podia ficar sem algumas das minhas roupas preferidas, sem a minha máquina e, pior, sem as fotografias que lá tinha (não sei porquê mas ficar sem as fotografias, sem as recordações das férias, pode parecer estúpido mas era o que mais me custava) tinha uma crise de choro incontrolável. A sério, parecia uma menina pequenina a quem tinham roubado um rebuçado.
No dia seguinte, mal acordei, a primeira coisa que fiz foi pegar no telefone e ver no site da Spanair - bendita wi-fi a que havia no quarto - o meu processo para ver se já tinham encontrado a minha mala. Nada. Passado algum tempo liguei para o tal número que me tinham dado no aeroporto. Nada. Limitaram-se a dizer-me o que já tinha visto no site.
Ora, se eu já estava preocupada comecei a ficar desesperada porque só pensava que ia ficar oito dias em Madrid e que só tinha a roupa que tinha no corpo e (graças a Deus!) a minha carteira. Comecei a fazer contas à vida e fui à Women's Secrets comprar roupa interior. Nem para comprar roupa tinha vontade... Só queria a minha roupa! Continuamos a ligar para o tal número e disseram-nos que, como estava fora do meu país, tinha direito a 50 euros - tinha de guardar os recibos de tudo para depois eles me reembolsarem (uau, nem imaginam a minha felicidade por saber que tinha 50 euros para oito dias) para bens de primeira necessidade (que para mim eram todo o conteúdo da minha mala... "se não fossem coisas necessárias não as tinha levado comigo, idiotas", pensava eu).
No dia seguinte, mal acordei, repeti o processo de ir ver qual o ponto de situação. Nada. E de cada vez que abria aquele maldito site o meu espírito de férias era completamente enxovalhado. Tanto que ao fim de algum tempo ponderamos mesmo vir embora mais cedo tal não era o meu humor. Mas pronto, não estava sozinha e não queria estragar também as férias dele por isso, e depois de irmos ao aeroporto pessoalmente tentar fazer mais alguma coisa pela mala, fomos até à Gran Vía, mais precisamente à H&M, e comprei com cerca de 15 euros, roupa suficiente para o resto dos dias. E esta foi a parte boa - quer dizer, não posso dizer que foi boa, porque esta situação não trouxe nada de bom - mas pronto, foi a única parte de ter ficado sem mala que não foi uma total porcaria. A sério que vale a pena dar um pulinho a Madrid só para ir aos saldos - comprei jumpsuits, sais, calças de ganga e tops a 5€, 3€ e 1€ (sim, um euro).
E assim se passou uma semana de férias, a tirar fotografias com o telemóvel, a dormir com t-shirts dele, e a transformar sacos da H&M em pseudo mala de viagem. Ah, e claro, com telefonemas bi-diários para a inútil linha de apoio da Spanair. No aeroporto, à vinda para Portugal, a minha mala eram dois sacos de roupa. Sad but true. Continuava sem mala e sem os 50 euros do reembolso porque para os reaver soube entretanto que tinha de enviar para uma morada em Espanha todos os recibos, juntamente com os dados do processo de extravio de bagagem.
(E a história ainda não acabou... calma, que isto tem de ser por partes!)
As pessoas foram levantando as suas malas até só ficarmos uns quinze gatos pingados, tristes e desesperados, há uma hora à espera das suas malas. Entretanto um senhor venezuelano desse grupo de gatos pingados encontrou o balcão da Spanair e lá disseram-lhe que, por engano, algumas malas do nosso voo foram colocadas noutro tapete. E lá fomos nós feitos loucos a correr para a outra ponta do aeroporto. Alguns tiveram encontraram lá as malas, acho que o sr. venezuelano foi um deles, já eu não tive essa sorte. Eu e a maioria, para dizer a verdade. Nesta altura devíamos ser umas dez pessoas, de diferentes idades e nacionalidades, enraivecidas a ir ao balcão da Spanair apresentar uma reclamação por perda de bagagem. Eram provavelmente 18h30 por esta altura. Fui uma das últimas a apresentar a reclamação. Descrevi a minha mala que, relembro, não tinha qualquer identificação ou característica distintiva, deixei os meus dados, os meus contactos em Portugal, os contactos do hotel em Madrid e perguntei se tinha direito a algum dinheiro já que não estava no meu país e precisava de roupa. O senhor - por sinal nada simpático - que me atendeu disse que as malas em princípio estariam de volta a Barajas no dia seguinte de manhã e que eles a encaminhariam para o hotel. Indicou-me também um contacto para onde eu podia ligar se quisesse (e quis, oh se quis!).
Saí do aeroporto provavelmente já depois das 20h. Deprimida e cheia de fome. E com zero vontade de continuar as férias. [Ah, convém dizer que dentro da mala estavam algumas das minhas peças de roupa preferidas e o meu bem mais precioso - a minha máquina fotográfica (que só estava lá porque, como já disse, não contava separar-me da minha querida mala).] Ainda tivemos pela frente uma viagem de uma hora até ao centro de Madrid e depois entre esperar pelo Metro e andar à procura do hotel só chegamos ao quarto às 22h para pousar as coisas - ele, claro porque eu infelizmente não tinha nada para pousar - e depois ainda saímos para comer qualquer coisa porque desde o almoço que não comíamos nada.
O meu humor nesta altura era mais do que mau e variava entre a raiva e a tristeza profunda. Cada vez que me lembrava que podia ficar sem algumas das minhas roupas preferidas, sem a minha máquina e, pior, sem as fotografias que lá tinha (não sei porquê mas ficar sem as fotografias, sem as recordações das férias, pode parecer estúpido mas era o que mais me custava) tinha uma crise de choro incontrolável. A sério, parecia uma menina pequenina a quem tinham roubado um rebuçado.
No dia seguinte, mal acordei, a primeira coisa que fiz foi pegar no telefone e ver no site da Spanair - bendita wi-fi a que havia no quarto - o meu processo para ver se já tinham encontrado a minha mala. Nada. Passado algum tempo liguei para o tal número que me tinham dado no aeroporto. Nada. Limitaram-se a dizer-me o que já tinha visto no site.
Ora, se eu já estava preocupada comecei a ficar desesperada porque só pensava que ia ficar oito dias em Madrid e que só tinha a roupa que tinha no corpo e (graças a Deus!) a minha carteira. Comecei a fazer contas à vida e fui à Women's Secrets comprar roupa interior. Nem para comprar roupa tinha vontade... Só queria a minha roupa! Continuamos a ligar para o tal número e disseram-nos que, como estava fora do meu país, tinha direito a 50 euros - tinha de guardar os recibos de tudo para depois eles me reembolsarem (uau, nem imaginam a minha felicidade por saber que tinha 50 euros para oito dias) para bens de primeira necessidade (que para mim eram todo o conteúdo da minha mala... "se não fossem coisas necessárias não as tinha levado comigo, idiotas", pensava eu).
No dia seguinte, mal acordei, repeti o processo de ir ver qual o ponto de situação. Nada. E de cada vez que abria aquele maldito site o meu espírito de férias era completamente enxovalhado. Tanto que ao fim de algum tempo ponderamos mesmo vir embora mais cedo tal não era o meu humor. Mas pronto, não estava sozinha e não queria estragar também as férias dele por isso, e depois de irmos ao aeroporto pessoalmente tentar fazer mais alguma coisa pela mala, fomos até à Gran Vía, mais precisamente à H&M, e comprei com cerca de 15 euros, roupa suficiente para o resto dos dias. E esta foi a parte boa - quer dizer, não posso dizer que foi boa, porque esta situação não trouxe nada de bom - mas pronto, foi a única parte de ter ficado sem mala que não foi uma total porcaria. A sério que vale a pena dar um pulinho a Madrid só para ir aos saldos - comprei jumpsuits, sais, calças de ganga e tops a 5€, 3€ e 1€ (sim, um euro).
E assim se passou uma semana de férias, a tirar fotografias com o telemóvel, a dormir com t-shirts dele, e a transformar sacos da H&M em pseudo mala de viagem. Ah, e claro, com telefonemas bi-diários para a inútil linha de apoio da Spanair. No aeroporto, à vinda para Portugal, a minha mala eram dois sacos de roupa. Sad but true. Continuava sem mala e sem os 50 euros do reembolso porque para os reaver soube entretanto que tinha de enviar para uma morada em Espanha todos os recibos, juntamente com os dados do processo de extravio de bagagem.
(E a história ainda não acabou... calma, que isto tem de ser por partes!)
A saga da mala desaparecida - parte I
Andava para escrever sobre isto há uma data de tempo, mas depois lembrava-me do quão infeliz este episódio foi - esteve tão perto de arruinar por completo as férias de verão! - que acabava por perder a coragem. Pois bem, hoje é o dia de contar esta história.
Acontece que, em Agosto, aqui a menina foi fazer uma viagem com senhor seu namorado por terras de nuestros hermanos, para ser mais específica fomos até Barcelona e Madrid. Partimos do Porto rumo a Barcelona, numa viagem que começou atribulada - por pouco não ficávamos em terra (mas isso já é história para outra altura). Em Barcelona passeou-se muito, tiraram-se muitas fotografias e essas coisas espectaculares que se fazem quando se está de férias e quando a principal preocupação é decidir onde jantar ou o que visitar no dia seguinte. (Oh, férias onde andam vocês?). Adiante.
Eis que chegou o dia de voar até Madrid num voo da Spanair (sim, aquela companhia aérea que faliu recentemente). Cada um de nós levava uma daquelas malas de cabine porque neste voo não as malas não podiam ultrapassar os 10 kg. Ao fazermos o check-in eu estava algo receosa porque a minha mala, apesar de ter as dimensões permitidas, parecia ligeiramente maior do que todas as outras que eu via na fila do check-in. Fizemos o check-in, ninguém implicou com o tamanho da mala e eu suspirei de alívio.
Fizemos horas no aeroporto e, chegada a hora, fomos para a porta de embarque. Mostrar BI, entregar bilhete e seguir para o avião. E foi aqui que tudo começou realmente a "descambar". À entrada do avião a hospedeira diz-me que a mala é demasiado grande para a cabine e que tenho de a despachar para o porão. Senti um friozinho na barriga porque a mala não estava identificada (não contava separar-me dela já que se tratava de uma mala de cabine!), mas a mulher estava endiabrada e nem me deixou respingar e colocou-lhe uma daquelas fitas (frágeis, muito frágeis!) de papel e mandou a mala para o porão. E eu lá entrei no avião com a estranha sensação de que aquilo não ia correr muito bem. Era ver-me, muito cabisbaixa, a olhar pela janela enquanto a minha mala era atirada, sem dó nem piedade, para o porão.
Aterrámos em Madrid e eu só pensava em ir a correr buscar a minha mala. Voei dentro do aeroporto tão rápido que passámos o local de recolha da bagagem. Fui perguntar a uma funcionária qualquer do aeroporto de Barajas e ela indicou-me o local mas disse que senhor meu namorado não poderia ir comigo porque só eu é que tinha mala para levantar. Ele atirou uma graçola do tipo "vai lá buscar a mala antes que a percam" - diga-se que eu não achei graça nenhuma e por esta altura já só queria por-me a andar do maldito aeroporto...
(E este post já está a ficar gigante por isso vou-me ficar por aqui. Provavelmente já perceberam o que aconteceu à minha mala. Mas a história é pior do que o que imaginam. Seriously.)
Acontece que, em Agosto, aqui a menina foi fazer uma viagem com senhor seu namorado por terras de nuestros hermanos, para ser mais específica fomos até Barcelona e Madrid. Partimos do Porto rumo a Barcelona, numa viagem que começou atribulada - por pouco não ficávamos em terra (mas isso já é história para outra altura). Em Barcelona passeou-se muito, tiraram-se muitas fotografias e essas coisas espectaculares que se fazem quando se está de férias e quando a principal preocupação é decidir onde jantar ou o que visitar no dia seguinte. (Oh, férias onde andam vocês?). Adiante.
Eis que chegou o dia de voar até Madrid num voo da Spanair (sim, aquela companhia aérea que faliu recentemente). Cada um de nós levava uma daquelas malas de cabine porque neste voo não as malas não podiam ultrapassar os 10 kg. Ao fazermos o check-in eu estava algo receosa porque a minha mala, apesar de ter as dimensões permitidas, parecia ligeiramente maior do que todas as outras que eu via na fila do check-in. Fizemos o check-in, ninguém implicou com o tamanho da mala e eu suspirei de alívio.
Fizemos horas no aeroporto e, chegada a hora, fomos para a porta de embarque. Mostrar BI, entregar bilhete e seguir para o avião. E foi aqui que tudo começou realmente a "descambar". À entrada do avião a hospedeira diz-me que a mala é demasiado grande para a cabine e que tenho de a despachar para o porão. Senti um friozinho na barriga porque a mala não estava identificada (não contava separar-me dela já que se tratava de uma mala de cabine!), mas a mulher estava endiabrada e nem me deixou respingar e colocou-lhe uma daquelas fitas (frágeis, muito frágeis!) de papel e mandou a mala para o porão. E eu lá entrei no avião com a estranha sensação de que aquilo não ia correr muito bem. Era ver-me, muito cabisbaixa, a olhar pela janela enquanto a minha mala era atirada, sem dó nem piedade, para o porão.
Aterrámos em Madrid e eu só pensava em ir a correr buscar a minha mala. Voei dentro do aeroporto tão rápido que passámos o local de recolha da bagagem. Fui perguntar a uma funcionária qualquer do aeroporto de Barajas e ela indicou-me o local mas disse que senhor meu namorado não poderia ir comigo porque só eu é que tinha mala para levantar. Ele atirou uma graçola do tipo "vai lá buscar a mala antes que a percam" - diga-se que eu não achei graça nenhuma e por esta altura já só queria por-me a andar do maldito aeroporto...
(E este post já está a ficar gigante por isso vou-me ficar por aqui. Provavelmente já perceberam o que aconteceu à minha mala. Mas a história é pior do que o que imaginam. Seriously.)
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