Já em Portugal deixei passar uma semana, mas com a chegada do mês de Setembro comecei a bombardear a Spanair com emails. A meio de Setembro (um mês depois de terem perdido a mala!), os senhores dignaram-se a responder pedindo-me que fizesse uma espécie de inventário com tudo o que tinha na mala e o respectivo valor das coisas. E assim fiz. O valor estimado das coisas que tinha na mala ultrapassava os 800 euros (e a minha roupa era maioritariamente da H&M e Primark). Encaminhei o email para eles e esperei para ver o que é que eles me iam dizer.
Esperei quase dois meses até ser contactada novamente pela companhia. Enviaram-me um documento em que explicavam que, depois de analisarem o meu processo, tinham decidido atribuir-me um reembolso de 350 euros. Para obter esse reembolso, que chegaria num prazo de 45 dias, teria de assinar o documento que eles me enviavam junto com o email e reenviá-lo para eles. Apesar do valor ser bem inferior ao valor do conteúdo da mala - e já que não tinha seguro de viagem e seria praticamente impossível, mesmo por meios legais, conseguir que eles me atribuíssem um reembolso mais elevado - e já ciente de que nunca mais a minha mala iria aparecer - assinei o documento e enviei-o para eles. Isto no início do mês de Novembro. O mês chegou ao fim sem eu ver um cêntimo do reembolso. Tudo bem, estava a contar ter o dinheiro a tempo de comprar uma máquina fotográfica nova por altura do Natal. Certo é que também Dezembro passou sem que visse um cêntimo.
Pensei que talvez fossem 45 dias úteis e que seria esse motivo do cheque ainda não ter chegado. Entretanto, em Janeiro fiz um jantar com amigos e, a meio do jantar, um deles me pergunta se já sabia que a Spanair tinha declarado falência e se eu sempre tinha recebido o cheque. Pronto, as minhas esperanças caíram definitivamente por terra. Nem mala. Nem dinheiro. Ainda mandei uns quantos emails à Spanair a perguntar como ficava a situação agora que a companhia tinha falido, mas nunca obtive resposta. The show must go on.
Até que chegamos ao dia de ontem. Ontem acordei tarde, já era quase hora de almoço. E fui abrir o correio que não tinha visto na sexta-feira e eis que uma carta me chamou a atenção porque era da companhia de seguros da Spanair. Abri o envelope a pensar que era uma carta a responder aos meus emails, a explicar que se a companhia estava falida também não iam ter dinheiro para me reembolsar e nisto, quando vou a desdobrar a carta, cai de lá do meio um cheque de 350 euros. Sim, o meu querido cheque! Tardou, mas chegou. Escusado será dizer que eu rejubilei só de pensar que vou, finalmente, poder comprar uma máquina fotográfica nova.
E é esta a história da mala desaparecida. Ah, entretanto, no Natal, senhor namorado ofereceu-me uma mala com as medidas mais do que correctas e com um daqueles cartões para identificação incorporados na mala. Can't wait to use it!
Enquanto escrevia esta história lembrei-me que também tenho uma muito boa (má, por acaso, mesmo má!) de quando fomos a Paris. Fica para outra altura.
Conselho de amiga: quando as companhias aéreas exigirem malas de cabine levem malas mesmo, mas mesmo minúsculas de modo a que eles não tenham por onde implicar e identifiquem-nas sempre. Vão por mim, não vá o Diabo tecê-las.
Esperei quase dois meses até ser contactada novamente pela companhia. Enviaram-me um documento em que explicavam que, depois de analisarem o meu processo, tinham decidido atribuir-me um reembolso de 350 euros. Para obter esse reembolso, que chegaria num prazo de 45 dias, teria de assinar o documento que eles me enviavam junto com o email e reenviá-lo para eles. Apesar do valor ser bem inferior ao valor do conteúdo da mala - e já que não tinha seguro de viagem e seria praticamente impossível, mesmo por meios legais, conseguir que eles me atribuíssem um reembolso mais elevado - e já ciente de que nunca mais a minha mala iria aparecer - assinei o documento e enviei-o para eles. Isto no início do mês de Novembro. O mês chegou ao fim sem eu ver um cêntimo do reembolso. Tudo bem, estava a contar ter o dinheiro a tempo de comprar uma máquina fotográfica nova por altura do Natal. Certo é que também Dezembro passou sem que visse um cêntimo.
Pensei que talvez fossem 45 dias úteis e que seria esse motivo do cheque ainda não ter chegado. Entretanto, em Janeiro fiz um jantar com amigos e, a meio do jantar, um deles me pergunta se já sabia que a Spanair tinha declarado falência e se eu sempre tinha recebido o cheque. Pronto, as minhas esperanças caíram definitivamente por terra. Nem mala. Nem dinheiro. Ainda mandei uns quantos emails à Spanair a perguntar como ficava a situação agora que a companhia tinha falido, mas nunca obtive resposta. The show must go on.
Até que chegamos ao dia de ontem. Ontem acordei tarde, já era quase hora de almoço. E fui abrir o correio que não tinha visto na sexta-feira e eis que uma carta me chamou a atenção porque era da companhia de seguros da Spanair. Abri o envelope a pensar que era uma carta a responder aos meus emails, a explicar que se a companhia estava falida também não iam ter dinheiro para me reembolsar e nisto, quando vou a desdobrar a carta, cai de lá do meio um cheque de 350 euros. Sim, o meu querido cheque! Tardou, mas chegou. Escusado será dizer que eu rejubilei só de pensar que vou, finalmente, poder comprar uma máquina fotográfica nova.
E é esta a história da mala desaparecida. Ah, entretanto, no Natal, senhor namorado ofereceu-me uma mala com as medidas mais do que correctas e com um daqueles cartões para identificação incorporados na mala. Can't wait to use it!
Enquanto escrevia esta história lembrei-me que também tenho uma muito boa (má, por acaso, mesmo má!) de quando fomos a Paris. Fica para outra altura.
Conselho de amiga: quando as companhias aéreas exigirem malas de cabine levem malas mesmo, mas mesmo minúsculas de modo a que eles não tenham por onde implicar e identifiquem-nas sempre. Vão por mim, não vá o Diabo tecê-las.
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