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segunda-feira, 18 de abril de 2016

Her Secrets #4




"Never say never". Ela já devia saber que o fruto proibido acaba sempre (sempre!) por (lhe) ser o mais apetecido. Não adiantou negar e prometer a si mesma que não ia cair no charme dele. No meio do jogo do toca-e-foge ele conseguiu apanhá-la, por muito que ela tivesse prometido que não ia acontecer.

Um olhar, um toque, uma noite de trabalho seguida de copos e ela perdeu o controlo. Pensou "que se lixe. at least he'll be out of my system". Ele encostou-a à parede e beijou-a sofregamente. Pararam a tempo de fazer mais estragos. Ela acordou. (In)Felizmente era só um sonho. Mas já estava presa, enfeitiçada. Ela, que tinha dito, por entre muitos risos, que por ele? com ele? "Nunca".

E agora? E agora ela luta contra o desejo, num duelo intenso do coração e da razão contra a vontade de o deixar encostá-la à parede e ser dele por uns minutos.


sexta-feira, 14 de março de 2014

Her Secrets #3



Acho que não te digo vezes suficientes o quanto gosto de ti. Já te disse, hoje, o quanto que te amo? Amo-te do fundo do coração. É provavelmente dos maiores clichés de que há memória, mas a verdade é que te amo. Tanto que me doem as entranhas quando sei que, por algum motivo, estás mal. Tanto que fico de mau humor quando não podemos estar juntos todos os dias. Tanto que sinto uma felicidade imensa quando me dás um daqueles abraços apertados. Tanto que coro, pelo menos por dentro, quando me beijas a testa. Tanto que sinto uma paz tremenda quando durmo ao teu lado. Tanto que as nossas discussões me magoam fisicamente. Tanto que só penso na sorte que tivemos por nos termos encontrado.
Desde que te conheci, aliás, desde o instante em que te vi, há oito anos atrás, soube que era de ti que precisava. É tão nítida a visão que tenho do nosso futuro juntos. Do nosso casamento, dos nossos filhos e, sobretudo, da nossa felicidade, que será uma constante nas nossas vidas, tenho a certeza.
Obrigada por me amares, por me fazeres sentir uma princesa e por fazeres de mim uma mulher feliz.
Já agora, já disse que te amo?

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Her Secrets #2

Plantou um dos cadeirões da sala mesmo em frente à porta de casa. Ia ser a primeira coisa que ele ia ver mal abrisse a porta. Estava num daqueles dias em que o odiava quase tanto quanto o amava. Como era possível odiar e amar tanto alguém? Não sabia. Os anos passavam e ela continuava sem perceber. Mas estava disposta a canalizar tamanhas energias para algo positivo. Ia ser a primeira coisa que ele ia ver mal abrisse a porta. Ela, sentada no cadeirão, os olhos muito verdes sobressaíam na maquilhagem negra e os lábios vermelhos pareciam mais carnudos que nunca, no seu trench-coat bege, só com lingerie por baixo.
Estava farta do drama e das discussões, das indirectas e das chatices. Ia resolver as coisas com a sua melhor arma: a sedução.
Ninguém a podia acusar de não ser sensual. Ele não a podia acusar de não ser sensual, só o fazia porque sabia que era (mais) um duro golpe na sua auto-estima. Era linda e qualquer homem que a via ficava instantaneamente enfeitiçado. Poderia ter qualquer um, mas só o queria a ele. Ele quem nem a valorizava. Odiava-o. Odiava-o por tanto o amar.
Ouviu a chave rodar na fechadura e pensou: "que comece a brincadeira".

sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Her Secrets #1

Olhava para o que tinha feito com um misto de alívio, nojo e ódio. Nunca o tinha odiado tanto como naquele momento. O momento em que ele deixou de ser o seu "salvador", o seu príncipe encantado, para ser a pessoa que a fez regredir dez anos, para ser a pessoa que a magoara àquele ponto.
Odiava-o, a ele, o seu amor, e tinha nojo de si própria. Nojo por ser fraca e se deixar afectar daquela forma. Mais uma vez. Ao fim de tantos.
Mas sentia alívio porque, apesar de tudo, a dor física fazia-a esquecer que, por dentro, estava morta.
Via o sangue escorrer-lhe dos pulsos para o vestido branco - o preferido dele! - e sentia um misto de alívio, nojo e ódio.