terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Da insegurança

Nunca me considerei uma pessoa insegura... até há bem pouco tempo. Não sei exactamente como é que isto começou. Este receio, esta obsessão, este medo de não conseguir, de não ser capaz. Não sei exactamente quando isto é que isto começou mas quero desesperadamente que acabe.

Ando chateada. Pensei que fosse com a vida, mas depois de muita (demasiada?) introspecção já percebi que não. Não é com a vida, é mesmo comigo. Por ter permitido a mim própria voltar a entrar nesta espiral pseudo-depressiva que mais parece uma bola de neve. Irrita-me estar constantemente a pensar se alguma vez conseguirei passar dos planos à acção e, por pensar isso, irrita-me estar sempre a questionar as minhas capacidades. A verdade é que, para já, passar dos planos à acção só depende de uma pessoa: eu. 

Sair de casa de manhã e só chegar já depois das 22h00 em nada ajuda. Chego a casa exausta e acordo ainda mais cansada do que quando me deitei, vá-se lá perceber por quê. E entretanto passo o dia a martirizar-me a sentir-me culpada por mais um dia ter passado sem que pusesse os meus planos, ou sonhos, ou o que quer que sejam, em acção. E era tão fácil, pelo menos à primeira vista, fazê-lo. Parece que estão ali, mesmo ao virar da esquina, à espera que lhes pegue e faça qualquer coisa deles.

Acho que preciso de um deadline. Preciso de impor um prazo a mim própria. O mês de Janeiro vai ser tão, mas tão atarefado que até me dá vontade de chorar. Mas não pode haver desculpa. Em Janeiro ou vai, ou racha. Porque pior do que não conseguir efectivamente fazer as coisas, pior do que isso, é esta sensação constante de falhanço, de que não sou suficientemente boa para mudar o rumo da minha vida.

Que o novo ano me traga a coragem que preciso para ser feliz e mais realizada.

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